Nota Pastoral de D. Manuel Felício
Aproximam-se as datas da nossa peregrinação diocesana anual a Fátima (dias 22 e 23 de Agosto).
Como sabemos, a ligação da Diocese da Guarda a Fátima é muito forte, desde o início dos acontecimentos das aparições. E a peregrinação Diocesana anual, marcada pelas notas da oração e da penitência, é o grande sinal dessa ligação.
De facto, a penitência e a oração foram os dois apelos que Nossa Senhora fez, desde a primeira hora das aparições, aos três pastorinhos e eles entenderam-no, à sua maneira é certo, mas muito bem, de tal maneira que as suas vidas mudaram como da noite para o dia.
Queremos, por isso que a nossa peregrinação a Fátima, mais uma vez, seja vivida em clima de oração, incluindo a partir do início da viagem, seja de autocarro, seja de outra forma; que a oração seja continuada por cada um de nós durante os tempos de permanência no Santuário, seja participando nas celebrações comunitárias, seja no recolhimento individual.
Também desejamos viver a penitência pedida por Nossa Senhora aos três pastorinhos, que entendemos como verdadeira conversão de discípulos de Cristo, vivida em crescente identificação com Ele. Aqui o Sacramento da Reconciliação é ajuda preciosa, que não dispensamos e que em Fátima tem uma visibilidade notável. Por isso, momento forte da nossa caminhada de conversão e desta nossa peregrinação será certamente, como em anos anteriores tem acontecido, a celebração penitencial, com atendimento individualizado por um sacerdote, que terá início às 17.00 horas, na Basílica da Santíssima Trindade. Mas haverá ainda outras oportunidades, sabendo nós que o clima que se vive no Santuário de Fátima é, por si mesmo, convite à mudança de vida e á reconciliação.
Vamos, mais uma vez, aproveitar esta nossa peregrinação diocesana a Fátima para confiar à protecção maternal de Maria Santíssima o novo ano pastoral que se aproxima.
Desejamos, por isso, pedir-lhe ajuda para continuarmos em caminhada sinodal, tal como pretendeu motivar a nossa Assembleia Diocesana. Desejamos sobretudo confiar-lhe o esforço que queremos fazer para transformar as nossas comunidades em verdadeiras escolas de Fé, assim como ajudá-las a despertar para a autêntica responsabilidade missionária.
Enfim, que a alegria de vivermos a comunhão inspirada na genuína fonte do amor de Deus seja, cada vez mais, a marca distintiva das nossas vidas pessoais e da vida das nossas comunidades.
Pedimos desde já a graça de sermos e nos sentirmos peregrinos da Pessoa de Jesus Cristo, como seus discípulos, deixando-nos conduzir até Ele pela mão de Sua Mãe Maria Santíssima.
26 de Julho de 2018, festa de Santa Ana e S. Joaquim
+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda