Dever de colaborar no combate ao Coronavirus (COVID-19)

Diocese da Guarda

Nota Episcopal

 

O nosso dever de colaborar no combate ao Coronavirus (COVID-19)

 

Estamos confrontados com o fenómeno do Coronavirus-2019, que a Organização Mundial de Saúde já designou como pandemia. Também  informou que esta será a primeira pandemia da história que é possível ser controlada.

A Direção Geral de Saúde, em Portugal, entre outras, deu as seguintes orientações: Lavar as mãos com  frequência, utilizando qualquer desinfetante antes  e depois da refeições, antes e depois de ir ao WC; ao tossir, tapar a  boca com alguma proteção (braço ou lenço de papel), evitar tocar com as mãos na boca, nariz ou olhos, beber muita água;

A Conferência Episcopal Portuguesa já recomendou as seguintes medidas: Comunhão na mão para os fiéis em geral, comunhão por intinção para os concelebrantes, omissão do gesto de paz, ausência de água benta à entrada das Igrejas;

Algumas dioceses já tornaram públicas orientações sobre catequese, celebrações dominicais e outras, visitas a hospitais, lares e a pessoas idosas, recomendando sempre atenção a normas emanadas dos serviços públicos relacionados com a saúde e a segurança;

O Governo do País mandou encerrar as escolas, incluindo jardins de infância, a partir da próxima segunda-feira, além de impor outras restrições quanto a ajuntamentos de pessoas e utilização de espaços públicos;

 Nós recomendamos, para além das orientações já anterior-mente dadas sobre a Celebração da Penitência neste Tempo da Quaresma, que, a partir do dia 16, segunda-feira e até ao fim deste mês de março, se sigam as seguintes orientações:

1.Suspensão das sessões de catequese;

2.Suspensão das Celebrações Eucarísticas, à semana e ao domingo;

3.Outras celebrações, como batizados e matrimónios, quanto possível, sejam adiadas; se necessárias e só com celebração da Palavra, sejam breves e simples, com número restrito de participantes;

4. Nas exéquias, evitem-se os velórios abertos ao público, haja celebração da Palavra mais breve e simples, sem distribuição da Sagrada Comunhão e, quanto possível, com exclusiva participação de familiares e pessoas mais próximas; evitem-se os cortejos fúnebres a pé e prolongados, devendo as urnas permanecer sempre fechadas, desde o velório à última encomendação;

5.Suspensão de todas as manifestações públicas de piedade popular, como sejam procissões e via-sacras;

6.Contenção nas visitas a lares e hospitais, nomeadamente seguindo as orientações definidas em cada instituição.

Notas:

1.Apesar da pandemia, que todos estamos empenhados em ajudar a controlar com  estas e outras medidas, a vida não se interrompe e a vivência da Fé continua, nomeadamente nas nossas famílias, que são a primeira expressão de Igreja (Igreja doméstica) e na vida de cada um. Recomenda-se, por isso, que, sobretudo o Domingo seja assinalado por cada um e cada família, na partilha da Palavra de Deus e na oração e que a catequese também se continue a fazer em cada família.

2.Aos sacerdotes, devendo celebrar em privado, pede-se que estejam disponíveis e o mais contactáveis possível para atenderem pedidos de emergência, sobretudo pessoas especialmente vulneráveis, quer física quer espiritualmente, que nos queiram contactar; as Igrejas que habitualmente estão abertas, assim permaneçam para as pessoas fazerem oração pessoal.

Daqui por alguns dias, reavaliaremos a situação e, se houver dados novos, comunicá-los-emos aos Rev.dos Padres e Diáconos, para estes informarem as suas comunidades.

Rezemos todos a Deus Nosso Pai para que afaste de nós as doenças e a todos conceda o dom da saúde e da serenidade.

 

Guarda, 13.3.2020

 

+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda