30 e 31 de Maio
Reabertura das assembleias litúrgicas
Depois de 10 semanas de interrupção das nossas assembleias litúrgicas, com destaque para as dominicais, vamos reiniciá-las nos próximos sábado e domingo, dias 30 e 31 de maio, com a Solenidade do Pentecostes.
Regressamos com as cautelas exigidas pelo combate à pandemia, que, de facto, ainda não nos deixou, mas foi-nos ensinando a necessidade de adoptar certas cautelas.
Por isso, temos de cumprir, neste regresso, sobretudo duas recomendações – o distanciamento e a higienização.
Isso implica ordem no acolhimento e distribuição das pessoas, dentro dos espaços litúrgicos, como também no exterior, quando se opta pela celebração ao ar livre, como está recomendado, se as circunstâncias meteorológicas o permitirem e a dignidade do espaço estiver garantida.
Felizmente que, ao longo destes últimos dias, tem havido visível esforço nas Paróquias, com participação das respectivas “Comissões Fabriqueiras” e de outras pessoas para levar aos fiéis o conhecimento das recomendações e também garantir o acolhimento e o acompanhamento necessários.
Quem faz o acolhimento precisa da necessária preparação que, graças a Deus, tem vindo a ser feita.
Aos fiéis em geral pede-se alguma paciência e esforço por ajustar os hábitos adquiridos aos novos condicionamentos, sobretudo à necessidade do devido distanciamento e da higienização.
A preparação dos espaços, antes da celebração e a sua desinfecção, a seguir, exigem atenção especial.
Felizmente que tem havido muito empenho e cooperação também das instituições locais – autarquias e outras - para que às pessoas não faltem os meios necessários, como é o caso das máscaras, que são obrigatórias e dos produtos de higiene necessários.
Sendo assim, não estamos à espera de que tudo vá voltar à normalidade anterior. Pelo contrário, temos que saber adaptar- nos à nova “normalidade”, no esforço conjunto por garantir condições de saúde para todos. Como sabemos, a saúde é grande dom de Deus, que queremos preservar no regresso às nossas celebrações.
Por isso, há condicionamentos que vão continuar e temos de respeitar.
Entre eles, lembramos os seguintes:
1.Batizados, Crismas e Matrimónios, deverão ser adiados para tempos de maior normalidade. Se absolutamente necessárias, sigam-se as orientações da CEP. O mesmo se diga da Unção dos Enfermos.
2.Quanto às exéquias: a) Os velórios, se e quando os houver, continuam à porta fechada e reservados à família e/ou mais alguma pessoa com relações especiais; b) no final, a agência desinfecta o espaço e transporta o corpo para o cemitério; c)os funerais, até ordens em contrário, continuam a fazer-se exclusivamente no cemitério, ao ar livre; d)a Missa de sufrágio será celebrada na Igreja, em tempo oportuno e respeitando as normas; e)a Missa de corpo presente, na Igreja, que as normas da CEP permitem, no respeito pelas regras aplicáveis a todas as Missas, só se poderá celebrar quando não há o hábito de as pessoas fazerem o acompanhamento, a pé, para o cemitério.
3. Festas, incluindo procissões, peregrinações e romarias, continuam suspensas, pelo menos até 30 de Setembro próximo, pelo que fica também cancelada a nossa peregrinação anual ao Santuário de Fátima, que estava marcada para o final de agosto.
4. A Catequese continua a fazer-se através dos meios de comunicação “on line” (telemáticos), com cooperação das famílias. Outras acções de formação e reuniões continuam condicionadas às medidas de distanciamento e higienização que se recomendam, até novas determinações.
5. Atendimentos para acompanhamento espiritual e Sacramento da Reconciliação passam a ser possíveis, com aplicação das regras de distanciamento e higienização.
Durante este longo período, em que as circunstâncias nos impuseram afastamento das assembleias litúrgicas, fomos redescobrindo e reaprendendo aspectos da vivência da nossa fé que estavam algo esquecidos.
Entre eles, lembramos os seguintes:
1. A nossa Fé, sendo encontro pessoal com Deus, está para além de todas as suas manifestações e mediações, incluindo as celebrações mais importantes, como a Eucaristia.
2. As dimensões espiritual e de compromisso pessoal devem estar sempre em primeiro lugar.
3. O uso das modernas tecnologias de comunicação foi testado e, em grande medida, aproveitado, devendo continuar, de forma equilibrada.
4. A nossa Fé é puro dom de Deus, capaz de sobreviver a todos os condicionamentos, incluindo aqueles que a pandemia nos impõe.
Com a bênção de Deus e protecção maternal de Maria Santíssima, vamos regressar às nossas celebrações, dispostos a aceitar os condicionamentos e a colaborar com eles.
25.5.2020
+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda