
Dia Mundial do Doente
Celebramos hoje, quinta-feira, 11 de Fevereiro, o Dia Mundial do Doente.
Este ano pretende voltar a nossa atenção para a relação de confiança que deve sempre existir entre a pessoa doente e os seus cuidadores, como lembra o Papa na sua mensagem.
De facto, a doença mostra a nossa fragilidade de sempre, que as circunstâncias do dia a dia muitas vezes encobrem.
Mostra a nossa dependência, lembrando-nos que precisamos sempre uns dos outros, porque viajamos no mesmo barco.
Mostra os limites do nosso poder, a nossa impotência, que é transversal a todas as pessoas e a todos os meios, mesmo os meios técnicos mais sofisticados.
Mas a doença também é oportunidade para perguntar pelo sentido da vida e mesmo encontrar direção nova para a nossa existência. Quantas pessoas não encontram no hospital ou simplesmente em situação de doença novas portas para a vida com sentido e saem daí completamente diferentes.
Perguntamo-nos agora de quem é a responsabilidade de acompanhar os doentes.
E a resposta tem de ser que não é apenas do Serviço Nacional de Saúde e dos outros sistemas e subsistemas homólogos, públicos ou privados, de que tanto se fala nestes tempos de pandemia.
A responsabilidade é de toda a sociedade, particularmente das comunidades mais próximas e sobretudo das famílias. Por isso, este dia Mundial do Doente é também para manifestarmos o nosso apreço e reconhecimento a todos os cuidadores dos doentes.
Àqueles que lhes levam os diagnósticos e os fármacos e as tecnologias em ordem ao bem-estar físico. Mas também àqueles que, com a sua proximidade e companhia, lhes levam ajuda para descobrirem as verdadeiras razões de viver, mesmo quando a medicina já fez tudo o que tinha para fazer.
Apesar do confinamento em que vamos viver este dia, que esta preocupação, pelos meios possíveis, chegue a todas as nossas comunidades e seus mais diretos colaboradores e que nenhuma família que sofre o peso da doença de qual quer dos seus membros se sinta desamparada.
8.2.2021
+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda