Conselho Presbiteral
Comunicado
Reuniu, na passada sexta-feira, dia 18 de fevereiro, em sessão ordinária, o Conselho Presbiteral, estando presentes 19 dos seus 24 membros.
O assunto principal tratado foi a sinodalidade na vida da Igreja, principalmente entre os sacerdotes e em Presbitério, com reflexões a partir do documento da Comissão Teológica Interna-cional, intitulado “A sinodalidade na vida e na missão da Igreja”.
Das reflexões feitas em cada um dos sete arciprestados e apresentadas pelo respetivo delegado ao Conselho Presbiteral colheram-se, entre outras, as seguintes interpelações:
1.Anotou-se a falta de sinodalidade na vida em Presbitério, com clara falta de escuta entre os sacerdotes, incluindo o Bispo Diocesano. Há decisões tomadas em que se nota que não houve a necessária escuta.
2.Também nos faltam exemplos de equipas sacerdotais verdadeiramente empenhadas em processos de discernimento e compromisso conjunto no trabalho pastoral.
3.Considerou-se que, nos processos de decisão que envolvem os sacerdotes, à frente das comunidades, não aparecem suficientemente envolvidos os leigos, nomeadamente nas etapas que devem preceder as tomadas de decisão, essas sim que pertencem à autoridade eclesiástica, de que o sacerdote é portador.
4.Acerca da sinodalidade, fez-se ainda avaliação da nossa Assembleia Diocesana de Representantes do Povo de Deus, realizada em 2017, após três anos de preparação, que se quis fazer em estilo de caminhada sinodal. Observou-se que uma parte significativa dos objetivos pretendidos não se atingiram, mas as suas proposições foram pertinentes. Vários intervenientes disseram que se nota falta de coragem e de estratégia para que essas proposições estejam a ser bem aplicadas, nomeadamente no que respeita à tão solicitada reorganização pastoral da Diocese.
5.Quanto à dificuldade sentida para envolver mais os leigos nos processos de participação e de caminho sinodal, chamou-se a atenção para o facto de haver bastante falta de formação e apelou-se a que sejam criadas as condições necessárias para que a Escola Teológica de Leigos possa prestar este serviço, de forma o mais abrangente possível, a toda a Diocese.
Dedicou-se algum tempo a avaliar a forma como está a decorrer na Diocese a proposta de sinodalidade feita a partir da Comissão Sinodal Diocesana e mediada pelas Comissões Sinodais Arciprestais. As informações dadas por vários delegados arciprestais registam boas iniciativas realizadas tanto a partir de grupos da vida interna das comunidades cristãs como de foruns organizados para captar sensibilidades vindas de âmbitos extra-eclesiais.
Por fim, foi feita uma reflexão sobre como viver, da melhor maneira, a Quaresma, que se aproxima, nomeadamente quanto ao exercício do Ministério da Reconciliação e o serviço de acompanhamento de pessoas e grupos, para motivar a conversão que o tempo quaresmal especialmente propõe. Também se deram algumas sugestões sobre o destino da nossa próxima renúncia quaresmal, que será apresentada oportunamente, na Mensagem do Bispo Diocesano para a Quaresma.
18.2.2022
O Secretariado Permanente do Conselho Presbiteral