Ordenação Sacerdotal de dois Padres para o nosso Presbitério

Preparamos a Ordenação Sacerdotal

De dois Padres para o nosso Presbitério

 

Damos graças a Deus pela Ordenação Sacerdotal de dois novos Padres, marcada para o dia 3 de julho próximo, às 16H00, na Sé da Guarda, que vão integrar o nosso Presbitério.

E na nossa oração, peçamos desde já a graça de os sabermos acolher bem e valorizar, o melhor possível, o seu contributo para o crescimento do Reino de Deus entre nós e na nossa Diocese.

Há 18 anos atrás, O Presbitério da Guarda, segundo as estatísticas envidadas aos registos centrais da Cúria Romana, era constituído por 160 Padres; agora, segundo idênticas estatísticas que anualmente se fazem,  o número de sacerdotes do nosso Presbitério desceu, pela primeira vez, abaixo dos 100 (96), embora estejamos a contar, por graça de Deus,  com a colaboração de mais 13 sacerdotes incardinados em Ordens Religiosas.

 

De facto, temos menos sacerdotes, mas passámos a ter o serviço pastoral do Ministério Ordenado dos diáconos permanentes.

Temos menos sacerdotes e daí vem o inerente apelo à valorização dos diferentes ministérios e serviços laicais nas nossas comunidades.

Temos menos sacerdotes, o que nos obriga a valorizar e fazer funcionar mais e melhor as unidades pastorais tal como está refletido e proposto, na sequência da Assembleia Diocesana  de Representantes que realizámos em 2017, depois de 3 anos de preparação, que quisemos fazer em jeito de caminhada sinodal.

Este é o contexto em que o Senhor da Igreja nos oferece  dois novos sacerdotes nas pessoas dos agora diáconos,  Tiago David e Fábio Pontífice, que já estão a trabalhar pastoralmente, o primeiro no Arciprestado do Fundão-Penamacor e o segundo, não Arciprestado de Trancoso-Celorico da Beira.

 

Convido agora para fazermos, nestes dias que nos separam das duas Ordenações Sacerdotais, insistente oração ao Senhor por eles, mas também pelos sacerdotes que já o somos, para podermos ajudar a encontrar os caminhos certos e os mais ajustados à vida de Fé dos nossos fiéis e das nossas comunidades, assim como a dar a devida atenção às interpelações que a sociedade atual não cessa de nos colocar.

 

Precisamos de continuar empenhados no processo de reorganização pastoral da nossa Diocese, mas, antes disso e com a máxima prioridade,  temos de cuidar a nossa formação pessoal, assim como a vida em Presbitério. O tempo que dedicarmos à formação, a começar pela da vida espiritual, passando às vertentes doutrinal e pastoral, será sempre uma mais valia para os serviços que prestamos.

Por isso, as comunidades compreenderão e ficarão agradecidas pelo tempo que lhes retiramos para darmos ao nosso retiro anual e outros momentos de oração pessoal e comunitária, sobretudo em Presbitério, assim como às iniciativas de formação permanente que nos são propostas e que sempre constituem valor acrescentado para os serviços que lhes prestamos.

Quando preparamos e nos dispomos para participar nestas duas Ordenações Sacerdotais, é bom lembrarmos, mais uma vez, que o serviço dos sacerdotes nunca pode ser prestado a título individual, mas sempre em Presbitério, com critérios comuns a todos os sacerdotes e o desejo de nos ajudarmos mutuamente, sobretudo quando as dificuldades nos batem à porta.

Só assim poderemos cumprir o mandato sacerdotal recebido do Senhor para pastorearmos a Sua Igreja.

Que Deus seja louvado e a nossa esperança fortalecida.

 

18.6.2022

 

‘+Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda