Empresa espanhola vai construir órgão de tubos da Sé da Guarda

Empresa espanhola vai construir órgão de tubos da Sé da Guarda

Cerimónia de assinatura de adjudicação no início de Junho

Empresa espanhola vai construir órgão de tubos da Sé da Guarda

 

O projecto apresentado pela Organaria Frederico Desmottes foi o vencedor do concurso para a obra de reconstrução do órgão da Sé da Guarda. O Jornal A GUARDA sabe que a cerimónia de assinatura de adjudicação da construção do órgão de tubos à empresa seleccionada está prevista para o início do próximo mês de Junho.

A Direcção Regional de Cultura do Centro (DRCC) tinha lançado concurso em 2020 para a obra de reconstrução do órgão da Sé da Guarda e, por duas vezes, o concurso ficou deserto. “Na terceira tentativa, com alguma simplificação burocrática e alguns ajustes no projecto, apareceram dois organeiros a concorrer à execução do órgão de tubos” disse ao Jornal A GUARDA, o Padre José Luís Farinha, da Comissão de Música Sacra da Diocese da Guarda, que está a acompanhar todo o processo.

As duas empresas que se apresentaram a concurso são espanholas: a organaria Frederico Acitores (sediada em Palencia) e a organaria Frederico Desmottes (sediada em Landete).

O Júri internacional de peritos, reunido pela Direcção Regional de Cultura do Centro, que avaliou os dois projectos concorrentes, conforme ao caderno de encargos do dito concurso, escolheu a organaria Frederico Desmottes para construir órgão de tubos da Sé da Guarda. O projecto vencedor tem o valor de 650.024,00 euros.

O futuro órgão de tubos da Sé da Guarda, a construir nos próximos 20 meses, constará de 40 registos (sonoridades), distribuídos por três teclados manuais e pedaleira, num total de 2498 tubos. O móvel que vai albergar o instrumento possuirá uma clara inspiração barroca, já que o mesmo deverá integrar alguns elementos decorativos do anterior órgão setecentista.

José Luís Farinha adiantou que “sobre a porta do fundo da nave central irá alçar-se o majestoso órgão que irá encher de sonoridade as multiseculares abóbadas da Catedral egitaniense, para louvor de Deus e deleite dos homens”. E acrescentou: “Finalmente vemos chegar a bom porto este projecto do órgão da Sé, há tantas décadas desejado e, devido a tantas vicissitudes e peripécias, foi sendo protelado este justo desiderato da cidade da Guarda e de toda a Diocese”.

O órgão que é proposto no projecto vencedor tem por objectivos principais que, na sua composição e características possa servir para interpretar um amplo repertório musical, desde a polifonia ibérica (portuguesa e espanhola), aos clássicos centro-europeus, passando também pelo período romântico. A par dessa versatilidade que caracteriza o órgão do século XXI, como instrumento apto para concertos e para a apresentação de um leque o mais variado possível de composições, contribuindo para a dinamização cultural da região, este instrumento é adequado para o acompanhamento do Culto, contribuindo de forma presente para a maior solenidade das celebrações e da vida da Comunidade

 

 

Quinta, 26 de Maio de 2022