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Cerca de 200 alunos da Diocese da Guarda participaram no 23.º Encontro Nacional de EMRC do 1.º Ciclo

Na manhã do dia 30 de abril, os caminhos de Fátima encheram-se de cor, alegria e entusiasmo. Cerca de 200 alunos de seis Agrupamentos de Escolas da Diocese da Guarda juntaram-se a cerca de 4 mil crianças vindas de todo o país para participar no 23.º Encontro Nacional de EMRC para o 1.º Ciclo, celebrando juntos a força transformadora da esperança.

Sob o tema Com EMRC, somos sementes de esperança, a disciplina voltou a afirmar-se como espaço privilegiado de crescimento, onde se cultivam valores essenciais à construção de uma sociedade mais humana, solidária e fraterna. Neste encontro, a EMRC foi, mais uma vez, o terreno fértil onde brotam gestos simples, palavras cheias de luz e sorrisos que contagiam.

Durante semanas, em sala de aula, as crianças prepararam-se com entusiasmo. Descobriram o valor da esperança através de histórias, jogos e desafios, como o escape room pedagógico “O Mistério da Semente Desaparecida”, que as ajudou a refletir, em clima de descoberta, sobre valores como a partilha, o cuidado com o outro e a importância de crescer juntos. Cada atividade foi uma gota de água lançada ao coração dos alunos, alimentando a semente que neles germina: a esperança.

Chegados a Fátima, foram recebidos no Centro Paulo VI com festa, música e calor humano. Trazendo nas mãos sementes coloridas que construíram com os professores — símbolos vivos do compromisso de cada escola com o bem — entregaram-nas com orgulho para compor um mural coletivo. A entrada do Centro transformou-se assim num jardim de esperança, onde cada semente representava uma criança, uma história, uma promessa de futuro.

O ponto alto do dia foi vivido ao final da manhã, na celebração que teve lugar na Basílica da Santíssima Trindade. Numa atmosfera de fé e comunhão, os alunos agradeceram o dom da vida, o encontro e a possibilidade de aprender, na escola, a ser sementes de esperança nas suas famílias, nas comunidades educativas e no mundo. A celebração contou com a presença de D. António Augusto Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, e teve momentos especiais, como a encenação da parábola do bom semeador, protagonizada por alunos do Colégio do Sagrado Coração de Maria, de Fátima, trazendo ao presente o apelo de Jesus a lançar a boa semente com generosidade.

Depois do almoço partilhado e cheio de animação, a tarde prolongou-se com um momento cultural que encantoupequenos e grandes. No palco do Centro Paulo VI, a adaptação da história de Pinóquio, pela companhia de Teatro “Espelho Mágico” revelou-se um verdadeiro instrumento pedagógico, ao explorar temas como a verdade, a bondade, a amizade e, claro, a esperança. Mais do que entretenimento, foi uma extensão do trabalho que a EMRC desenvolve em sala de aula: fazer crescer por dentro, despertar consciências e mostrar que os valores têm rosto.

A esperança não ficou apenas nas palavras ou nos gestos simbólicos. Foi também partilha concreta. As crianças foram convidadas a colaborar com a missão das Aldeias de Crianças SOS, trazendo bens alimentares e produtos de higiene para apoiar quem mais precisa. Pequenos gestos que nascem da consciência de que todos podemos cuidar do mundo, mesmo sendo pequenos.

A disciplina de EMRC revelou, mais uma vez, a sua vocação: ser espaço de vida e sentido, onde se educa para o bem comum. Em cada criança que partiu de Fátima com o coração cheio, ficou a certeza de que a esperança é uma semente teimosa: mesmo pequena, pode transformar o mundo!