A exposição ‘Ecos do Passado – Grande Órgão da Catedral da Guarda’, inaugurada no dia 27 de novembro, apresenta 13 fragmentos históricos do antigo órgão da Sé da Guarda, um instrumento monumental que marcou a história da catedral até ao século XIX.
A iniciativa, promovida pela Diocese da Guarda, celebra a memória deste património musical e litúrgico, enquanto aponta para o futuro com a promessa de um novo órgão.
Joana Pereira, comissária da exposição, destacou que o evento não só relembra a grandiosidade do órgão original – cuja caixa de aparato tinha 15 metros de altura e foi parcialmente destruída durante as invasões francesas – como também reflete sobre o papel do património cultural como veículo de evangelização. “Esta exposição é o primeiro passo para outras propostas que venham a acontecer”, afirmou.
Os fragmentos em exposição, esculpidos em madeira de castanho policromada, foram cuidadosamente preservados pela diocese ao longo de 125 anos. A mostra foi inaugurada na data que marca os 825 anos da cidade e da Diocese da Guarda, sublinhando a importância de preservar a arte e a história em diálogo com a fé e a cultura.
Além da exposição, Joana Pereira sugeriu a realização de futuras conferências sobre o órgão, abordando temas como os bispos que contribuíram para a sua construção, com destaque para D. Bernardo Melo Osório, e a evolução do instrumento ao longo dos séculos.
A comissária enfatizou ainda a relevância do novo órgão que será instalado na Sé da Guarda, a única catedral em Portugal sem um órgão atualmente. “Nada me poderia deixar mais feliz do que preservarmos a memória do que existiu e termos no futuro uma peça nova, muito digna”, declarou.
A exposição está patente na ExpoEcclesia, espaço dedicado ao património da Diocese da Guarda, e convida visitantes de todas as idades a conhecerem este legado, reforçando a ligação entre arte, história e espiritualidade.
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Texto original completo – Agência ECCLESIA
Foto: Município da Guarda