A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) promove hoje, em Fátima, um Encontro Sinodal nacional que reúne mais de 280 participantes das várias dioceses.
A iniciativa tem “o objetivo de refletir sobre o Documento Final do Papa Francisco e da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade e a sua aplicação prática no seio das comunidades”.
A nossa Diocese está representada neste encontro pelo Administrador Apostólico e por mais 14 representantes do Concelho Pastoral diocesano e da comissão sinodal diocesana.
Unimo-nos pela oração pelos bons frutos destes trabalhos.
Fotos: Zélia Botas
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Artigo revisto às 20h – resumo das principais ideias
O Encontro Sinodal Nacional, promovido pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), teve lugar hoje em Fátima no Centro Pastoral Paulo VI, reunindo cerca de 300 representantes de todas as dioceses do país, com exceção do Funchal. A diocese da Guarda esteve representada pelo administrador apostólico e por diversos representantes da Comissão Sinodal Diocesana e do concelho Pastoral Diocesano.
Esteve também neste encontro o nosso Bispo Eleito, D. José Miguel.
O evento seguiu a dinâmica sinodal de Roma, realizada em outubro passado, com pequenos grupos de discussão formados por leigos, religiosas, sacerdotes, bispos e cardeais. O foco das discussões foi o Documento Final do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade.
Na abertura, D. José Ornelas, presidente da CEP e bispo de Leiria-Fátima, enfatizou a importância da implementação da sinodalidade em toda a Igreja, destacando que o documento pode transformar as comunidades católicas em Portugal e no mundo. Defendeu ainda uma mudança nas práticas e no ritmo de tomada de decisões, incentivando um movimento de Igreja mais participativo e inclusivo.
Os grupos de trabalho elaboraram propostas baseadas no Documento Final, destacando a necessidade de tornar obrigatória a criação de conselhos pastorais diocesanos e paroquiais com um funcionamento mais sinodal. Sugeriram também a criação de um ministério da escuta e acompanhamento, envolvendo leigos e religiosos, e a implementação de métodos de avaliação sistemática para garantir transparência e responsabilização nas estruturas diocesanas e paroquiais.
Outras sugestões incluíram a disponibilização de uma síntese prática do Documento Final para facilitar o envolvimento das comunidades no processo sinodal e a revisão dos processos de formação para jovens, adolescentes e adultos, incluindo uma formação nos seminários mais aberta a experiências missionárias.
Por fim, foi proposta a realização de um novo encontro no próximo ano para avaliar os progressos das dioceses e os frutos das implementações sugeridas, promovendo uma responsabilização contínua.