Exposição “Jornais Centenários do Brasil e de Portugal: Um Legado Cultural” vai estar patente no Espaço ExpoEcclesia, na Guarda e reúne 55 jornais, entre os quais o Jornal A GUARDA, um dos poucos jornais centenários de língua portuguesa e o mais antigo da região.
Os jornais centenários portugueses e brasileiros vão poder ser apreciados na Guarda, a partir da próxima quarta-feira, 15 de Maio, no âmbito das comemorações dos 120 anos do Jornal A GUARDA.
A exposição, intitulada “Jornais Centenários do Brasil e de Portugal: Um Legado Cultural” é inaugurada no Espaço ExpoEcclesia, na Guarda, a partir das 18.00 horas.
A mostra, que já passou por várias cidades do País, reúne 55 jornais, tanto portugueses como brasileiros, publicados continuamente há mais de 100 anos.
É uma viagem no tempo pelos principais acontecimentos (crises, guerras e descobertas) que tiveram lugar dos dois lados do atlântico, uma iniciativa que reúne cerca de “dois séculos de história”.
Na exposição da Guarda, estará em destaque o Jornal A GUARDA, fundado a 15 de maio de 1904, por iniciativa do Bispo D. Manuel Vieira de Matos. Durante o primeiro ano, apareceu como boletim quinzenal com secções de Pastoral, Homilética, Religiosa, Científica, Literária e Noticiosa. Só depois começou a ser publicado como Semanário Católico Regionalista, menção que ainda hoje mantém.
A vida do jornal A GUARDA nem sempre foi fácil, pois, em virtude de perseguições políticas, teve de se editar quase na clandestinidade, com recurso a outros títulos (A Velha Guarda – 1913, A Guarda Avançada – 1913, Jornal da Guarda – 1913 a 1919).
A partir da cidade mais alta do país, A GUARDA tornou-se a matriz de uma cadeia de jornais que, aproveitando as suas páginas doutrinais, fizeram edições locais com colaboração e publicidade próprias. Estas edições, que funcionavam como órgãos do movimento católico, acabariam por desaparecer com a implantação da República.
O semanário, para além da política, fazia catequese, divulgava a doutrina social da igreja, e dava voz às aldeias. Na altura, o aparecimento do semanário a GUARDA levou o Partido Democrático a fundar o semanário O COMBATE, dirigido pelo poeta José Augusto de Castro. Entre os dois semanários houve verdadeiros confrontos e, depois de 1910, com a República, O COMBATE apoiou as tentativas para o silenciamento e total extinção de A GUARDA, numa postura em total desabono da liberdade de expressão de pensamento que o novo Regime dizia tutelar.
Do ponto de vista da história local e nacional, o Semanário A GUARDA foi um arauto, durante os seus primeiros 30 anos de publicação.
Seguiu-se um novo ciclo social e de apaziguamento. O episcopado abandona o projecto de criação de um Partido católico. A Igreja não discute a cor do Regime desde que as suas liberdades, direitos e garantias sejam respeitados.
A partir desta altura o semanário A GUARDA começou a ter menor visibilidade. Os bispos avançam com o projecto de um diário próprio, o NOVIDADES e com jornais locais em cada diocese.
Da exposição também fazem parte o Diário de Pernambuco, fundado em 7 de Novembro de 1825, que é “o jornal mais antigo de língua portuguesa”, e “O Açoriano”, fundado em 18 de Abril de 1835, em São Miguel, nos Açores, “o mais antigo jornal em circulação em Portugal”.
A mostra contará ainda com alguns documentos que integram a história dos 120 anos do Jornal A GUARDA.
A inauguração da exposição conta com a presença do bispo da Guarda, D. Manuel Felício, do presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa e de um representante da Associação Portuguesa de Imprensa.
Noticia Integral – Jornal A GUARDA
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