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Lectio Divina – Um roteiro – Senhor dos dias

0. Preparo-me
Procuro um lugar adequado e uma boa posição corporal. Respiro lenta e suavemente.
Silencio os pensamentos. Tomo consciência da presença de Deus, invocando o Espírito Santo.

1. O que diz o texto
– Leio pausadamente Mc 2,23 – 3,6.
– Sublinho e anoto o mais significativo.
Os discípulos, acusados de transgredirem a lei do sábado, são defendidos por Jesus. Ele afirma-se Senhor do sábado. Este não deve ser vivido como peso, mas como bênção.

2. O que me diz Deus

– Que pensamentos e sentimentos despertam em mim esta passagem?
Na Bíblia, o dia de sábado é tido como dom de Deus. Permitia a todos descansar, celebrar e fazer festa. Porém, uma visão legalista reduziu-o a proibições e minuciosidades. Jesus recupera a sua originalidade: celebrar a alegria com o Criador e a criação. Por isso, a melhor forma de louvar Deus é comprometer-me com o bem e a libertação de tudo quanto aprisiona o coração humano. O dia do Senhor (para nós o domingo) deve referenciar-se a Deus para assim melhor servir os irmãos… a cada dia.

3. O que digo a Deus

– Partindo do que senti, dirijo-me a Deus, orando (de preferência com palavras minhas).

Senhor, disseram-me que devia guardar o teu dia, o domingo. Pergunto-me: ao Senhor do tempo, que tempo reservo!? E como vivo esse tempo!? Faço dele o centro da semana, ou simplesmente completa uma sucessão de rotinas? A resposta acha-se nos frutos: amo ou julgo, perdoo ou condeno, ajudo ou acomodo-me, dou-me aos outros ou “ajusto contas” com eles?… Meu erro é considerar o tempo como meu, de o querer programar segundo meus critérios, de esperar satisfazer mil solicitações… em vão.

Ora o tempo é dádiva tua, para que eu aprenda o sabor da liberdade que me vem de Ti. Essa liberdade só é fecunda quando me comprometo com a liberdade dos outros, quando é usada no serviço do amor para com eles. Só assim o tempo se torna história povoada de rostos e abraços, de lutas e vitórias, de dias cheios de esperança e vida.

4. O que a Palavra faz em mim

– Contemplo Deus, saboreando e agradecendo.
Senhor dos meus dias, reconheço e agradeço o dom do tempo que me dás. Com ele, quero retribuir em gestos, atitudes e palavras de louvor e contemplação.
Inspira-me o que esperas e mereces de mim. Apoiado em Ti, comprometo-me em algo oportuno e alcançável, crescendo na minha relação diária conTigo e com os outros.

PROVOCAÇÕES

– Que sentido tem para mim o dia do Senhor?
– Que frutos produz no meu quotidiano?
– Sou instrumento de libertação para os outros?

UM PENSAMENTO
“Não receies que tua vida tenha fim, teme antes que ela nunca tenha um começo.” (John Henry Newman)

UM DESAFIO

Pedir ao Espírito Santo a graça de encher meus dias de Deus.

UMA ORAÇÃO-POEMA

Senhor dos dias
no passado aconchegados
de soalheira infância
e verdes de esperança,
dos dias correntes
semeados entre ventos
maresias e bonanças,
dos dias vindouros
timidamente aguardados
ou temidamente adiados,
dos dias ansiados ou soluçados
voando ou gravando sulcos
os que arrebataram
de nós, em nós, por nós…
que, de mão estendida,
reclamam vida
derramada ou renascida
e, todos eles, sagrados
porque prenhos de Ti.

UMA CANÇÃO

Casting Crowns – God of all my days

Uma proposta do Rev. Pe. Serafim