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Lectio Divina: XXII Domingo comum (B)

0. Preparo-me

Procuro um lugar adequado e uma boa posição corporal. Respiro lenta e suavemente.
Silencio os pensamentos. Tomo consciência da presença de Deus, invocando o Espírito Santo.

1. O que diz o texto

– Leio pausadamente Mc 7,1-8.14-15.21-23.
– Sublinho e anoto o mais significativo.
Os escribas e fariseus prezam os ritos exteriores. Jesus prefere afirmar a prioridade da purificação interior e denuncia a sua impureza de coração, fonte das más ações.

2. O que me diz Deus

– Que pensamentos e sentimentos despertam em mim esta passagem?
Ao citar o profeta Isaías, Jesus desmascara o culto vazio e exterior, sem Deus. Ora, o essencial não é o estrito cumprimento da lei, mas o coração com que se vive a relação com Deus e a sua vontade. Jesus convida-me a não me fixar em tradições humanas e na aparência exterior. Antes, desafia-me a cuidar a interioridade. Apela à escuta e discernimento de tudo quanto povoa o meu íntimo. O que aí encontro? O que tenho de purificar? É com o coração que tenho de O louvar, não apenas com os lábios.

3. O que digo a Deus

– Partindo do que senti, dirijo-me a Deus, orando (de preferência com palavras minhas).
Senhor, quantas vezes me contento em cumprir gestos, hábitos, regras, horários… sem nada viver de forma autêntica!? Até na minha relação conTigo, executo ritos e recito fórmulas, sem vibrar com a tua presença. Não basta apresentar-me com o exterior limpo, camuflando o meu interior insalubre. Perdoa-me!
O mal não está só nos outros. Ele habita-me. Intoxica-me e perverte a minha relação com os meus semelhantes e conTigo. Medo, egoísmo, orgulho, ressentimentos, cobiça, ira e tantas outras imperfeições, tornam-se maus desejos e pensamentos. Maldigo, minto, cometo injustiças e outras formas de mal. Abrigado por detrás do “não ser apanhado”, engano-me a mim mesmo. Senhor, converte-me!
Purifica o meu coração com a tua Palavra. Depura-me o sentir e sana-me o agir.

4. O que a Palavra faz em mim

– Contemplo Deus, saboreando e agradecendo.
Senhor, tuas palavras são alerta e resgate. Por meio delas, desperto e reajusto o rumo. Desde dentro para fora, expresso o meu louvor e gratidão. Contemplo e adoro.
Inspira-me o que esperas e mereces de mim. Apoiado em Ti, comprometo-me em algo oportuno e alcançável, crescendo na minha relação diária conTigo e com os outros.

PROVOCAÇÕES

– Julgo os outros mais do que a mim mesmo?
– Examino a consciência frequentemente, para me conhecer?
– Esforço-me para justificar ou purificar os sentimentos e pensamentos?

UM PENSAMENTO

“A vida ativa é consequência da vida interior, e não tem valor se não depender dela”. (São Maximiliano Kolbe)

UM DESAFIO

Pedir ao Espírito Santo a graça de vigiar o que povoa meu coração.

UMA ORAÇÃO-POEMA

Passaste, bem por perto
estando eu à minha superfície.
Entraste, sem permissão
ou por minha omissão.
A fazer o mesmo, convidaste-me
e, encontrando-Te, encontrei-me
além dos meus vexames interiores,
velados sob camuflagens exteriores.

Tatua-me agora o divino sentir e viver
e tateia-me novos ímpetos
que me entranhem pés, mãos e lábios.
Lava-me, de dentro para fora,
com quantas precisas lágrimas de sal.
De coração consciente e limpo,
não temerei sujar-me a pele
se purificada estiver a nascente.

UMA CANÇÃO
Delirious? –
Inside Outside

Uma proposta do rev. Pe. Serafim Reis, Sac. Diocesano