Procuro um lugar adequado e uma boa posição corporal. Respiro lenta e suavemente.
Silencio os pensamentos. Tomo consciência da presença de Deus, invocando o Espírito Santo.
1. O que diz o texto
– Leio pausadamente Mc 12,38-44.
– Sublinho e anoto o mais significativo.
No templo, Jesus observa “como a multidão deitava dinheiro na caixa”. Em detrimento daqueles que gostam de se exibir, afirma que uma pobre viúva deu mais que todos os outros.
2. O que me diz Deus
– Que pensamentos e sentimentos despertam em mim esta passagem?
São as últimas palavras de Jesus, no templo, antes de começar o drama da sua Paixão. São como recomendações para mim. Destaca-se, também, o seu olhar: Ele vê ‘como’ e não ‘quanto’ dou. Por isso, pede-me cautela para não viver à superfície de mim mesmo. Não é a minha religiosidade que me torna mais justo. Devo vivê-la de modo humilde e discreto. Necessito, antes, cultivar a autenticidade dos gestos como reflexo de uma confiança interior. Sirvo-me de Deus ou vivo n’Ele? Dou do que sobra, ou dou-me a mim mesmo?
3. O que digo a Deus
– Partindo do que senti, dirijo-me a Deus, orando (de preferência com palavras minhas).
Senhor, para Ti, não importa a quantidade, mas a totalidade. Não precisas do que faço. Muito menos do que tenho. O que realmente anseias é que, sem medo, entregue o que sou, ainda que pareça insignificante perante Ti. É precisamente a minha pequenez que torna possível a dependência, na confiança. Tal como a vive uma criança, diante de seu Pai. Concede-me essa liberdade.
Ajuda-me a nada calcular, nada reter, nada reservar para mim. Pelo contrário, dá-me a determinada ousadia de partilhar talentos, tempo e posses. Sobretudo, faz-me viver seguro da tua providência. Despreocupado da imagem do ter, viva eu na transparência de ser. Meu único prestígio seja a certeza do teu amor. Minha riqueza seja a plena consciência da tua vida e ação em mim.
4. O que a Palavra faz em mim
– Contemplo Deus, saboreando e agradecendo.
Senhor, diante de Ti, nada preciso ostentar. Basta-me, à tua verdade, juntar minha sinceridade. Por isso, Te louvo e contemplo.
Inspira-me o que esperas e mereces de mim. Apoiado em Ti, comprometo-me em algo oportuno e alcançável, crescendo na minha relação diária conTigo e com os outros.
PROVOCAÇÕES
– O que dou, a quem dou e como dou?
– Reconheço e agradeço o que os outros dão?
– Estimo os idosos que deram sua vida pelo que hoje tenho?
UM PENSAMENTO
“Não se enriquece com o que se recebe, mas com o que se dá.” (Jean Flory)
UM DESAFIO
Pedir ao Espírito Santo a graça de empenhar-me mais em ser do que em ter.
UMA ORAÇÃO-POEMA
Bem feitas as contas
que tenho eu para Te dar?
Para segurar todas as pontas
algo tenho de resguardar.
A jogar ao “faz de contas”
outros gostam de se mostrar.
Tornados “baratas tontas”
julgam no mundo reinar.
Mas Tu, é comigo que contas!?
Minha miséria irás transformar
em confiança e esperança prontas
para, então e por Ti, tudo entregar.
Bem esquecidas as contas…
Uma proposta do Rev. Pe. Serafim Reis, Sac. diocesano
Uma música
Third Day – Offering