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Levito Divina – XXXII domingo comum – B

Procuro um lugar adequado e uma boa posição corporal. Respiro lenta e suavemente.

Silencio os pensamentos. Tomo consciência da presença de Deus, invocando o Espírito Santo.

1. O que diz o texto

– Leio pausadamente Mc 12,38-44.
– Sublinho e anoto o mais significativo.
No templo, Jesus observa “como a multidão deitava dinheiro na caixa”. Em detrimento daqueles que gostam de se exibir, afirma que uma pobre viúva deu mais que todos os outros.

2. O que me diz Deus

– Que pensamentos e sentimentos despertam em mim esta passagem?
São as últimas palavras de Jesus, no templo, antes de começar o drama da sua Paixão. São como recomendações para mim. Destaca-se, também, o seu olhar: Ele vê ‘como’ e não ‘quanto’ dou. Por isso, pede-me cautela para não viver à superfície de mim mesmo. Não é a minha religiosidade que me torna mais justo. Devo vivê-la de modo humilde e discreto. Necessito, antes, cultivar a autenticidade dos gestos como reflexo de uma confiança interior. Sirvo-me de Deus ou vivo n’Ele? Dou do que sobra, ou dou-me a mim mesmo?

3. O que digo a Deus

– Partindo do que senti, dirijo-me a Deus, orando (de preferência com palavras minhas).
Senhor, para Ti, não importa a quantidade, mas a totalidade. Não precisas do que faço. Muito menos do que tenho. O que realmente anseias é que, sem medo, entregue o que sou, ainda que pareça insignificante perante Ti. É precisamente a minha pequenez que torna possível a dependência, na confiança. Tal como a vive uma criança, diante de seu Pai. Concede-me essa liberdade.
Ajuda-me a nada calcular, nada reter, nada reservar para mim. Pelo contrário, dá-me a determinada ousadia de partilhar talentos, tempo e posses. Sobretudo, faz-me viver seguro da tua providência. Despreocupado da imagem do ter, viva eu na transparência de ser. Meu único prestígio seja a certeza do teu amor. Minha riqueza seja a plena consciência da tua vida e ação em mim.

4. O que a Palavra faz em mim

– Contemplo Deus, saboreando e agradecendo.
Senhor, diante de Ti, nada preciso ostentar. Basta-me, à tua verdade, juntar minha sinceridade. Por isso, Te louvo e contemplo.
Inspira-me o que esperas e mereces de mim. Apoiado em Ti, comprometo-me em algo oportuno e alcançável, crescendo na minha relação diária conTigo e com os outros.

PROVOCAÇÕES

– O que dou, a quem dou e como dou?
– Reconheço e agradeço o que os outros dão?
– Estimo os idosos que deram sua vida pelo que hoje tenho?

UM PENSAMENTO

“Não se enriquece com o que se recebe, mas com o que se dá.” (Jean Flory)

UM DESAFIO

Pedir ao Espírito Santo a graça de empenhar-me mais em ser do que em ter.

UMA ORAÇÃO-POEMA

Bem feitas as contas
que tenho eu para Te dar?
Para segurar todas as pontas
algo tenho de resguardar.

A jogar ao “faz de contas”
outros gostam de se mostrar.
Tornados “baratas tontas”
julgam no mundo reinar.

Mas Tu, é comigo que contas!?
Minha miséria irás transformar
em confiança e esperança prontas
para, então e por Ti, tudo entregar.
Bem esquecidas as contas…

Uma proposta do Rev. Pe. Serafim Reis, Sac. diocesano

Uma música

Third Day – Offering