Vamos viver, no próximo domingo, mais um Dia Mundial das Missões.
Com esta data e esta celebração, lembramos a responsabilidade missionária que é de toda a Igreja e de todos os seus membros.
Todos os cristãos lembram, particularmente neste dia, a sua vocação de discípulos missionários e procuram ver como é que a devem cumprir no seu dia a dia.
Por outro lado, são também convidados a lembrar aqueles e aquelas que um dia responderam ao chamamento do Senhor para deixarem os seus ambientes de conforto e partirem para anunciar, em territórios e culturas muito distintos dos seus, a novidade de Jesus e do Evangelho.
E aqui paramos diante da realidade da nossa Diocese da Guarda, que tem na sua história importantes marcas de entusiasmo pela missão “ad gentes”, isto é, pela ação de muitos dos seus filhos junto de populações e culturas onde o anúncio de Cristo e do Evangelho continuam a ser novidade. Ainda hoje, graças a Deus, são muitos que partiram das nossas paróquias, aldeias, vilas e cidades e continuam em missão “ad gentes”. Louvemos a Deus por eles e elas e pedimos ao Senhor desta importante messe que continue a recrutar entre nós operários para a mesma messe.
Este Dia Mundial das missões lembra-nos também o apelo de Deus para colaborarmos com a nossa ajuda material em favor das iniciativas missionárias tomadas em territórios muito distintos dos nossos. E para isso o Papa tem ao seu dispor as Obras Missionárias Pontifícias que lembram a todos os cristãos essa responsabilidade missionária. Para essa mesma finalidade são destinados os ofertórios de todas as assembleias do próximo domingo, Dia Mundial da Missões.
A generosidade dos nossos fiéis e das nossas comunidades, nestes ofertórios para as missões, tem sido nota muito positiva e certamente que este ano vai continuar a sê-lo.
A Meditação que o Santo Padre nos faz, na mensagem para este Dia Mundial das Missões parte da parábola do banquete nupcial que um rei prepara para seu filho (Mateus, 22, 1-14).
Perante a indisponibilidade dos convidados, ele manda os seus emissários pelas ruas e encruzilhadas da cidade, com o encargo de chamar a todos para esse banquete.
E sublinha o Papa, no seu comentário, que todos os discípulos de Cristo recebem o mesmo encargo de partirem em missão, saindo das suas zonas de conforto.
E de partirem para convidar a todos sem distinção de nacionalidade, raça, cultura e mesmo comportamento moral.
O convite é para o Banquete do Reino, esse Reino que Jesus inaugurou com a sua pregação a sua vida e terá pleno cumprimento na Eterna Bem-aventurança, que a Eucaristia simboliza e antecipa.
Também estamos a viver, por convite do mesmo Papa Francisco, um ano especialmente dedicado à oração que prepara o Jubileu Ordinário de 2025. E neste Dia Mundial das Missões ele convida-nos expressamente para participarmos na Missa e em geral a fazermos oração pela missão evangelizadora de toda a Igreja e para que todos os discípulos de Cristo sejam verdadeiramente missionários da esperança e peregrinos a caminho da vida em Deus; vida que não tem fim e está simbolizada neste banquete nupcial que um rei prepara para seu filho.
Com o Papa, invocamos a intercessão de Maria Santíssima, Rainha das Missões, pela responsabilidade missionária da igreja e de todos os discípulos de Cristo, a começar por aqueles e aquelas que deixaram a sua terra e partiram para ambientes distantes; ela que conseguiu de Jesus o milagre de Caná, com o vinho novo, a favor dos esposos e seus convidados.
17.10.2024
+Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda