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Mensagem episcopal: Diocese da Guarda em peregrinação a Fátima nos dias 27 e 28 de agosto

A Diocese da Guarda vive, nos próximos dias 27 e 28 de agosto, a sua peregrinação diocesana anual a Fátima. Um momento de encontro, oração e renovação da fé que, este ano, se realiza num contexto muito especial: o da renovação missionária suscitada pelo caminho sinodal em curso e pela chegada de um novo Pastor à diocese, em março passado.

Esta peregrinação nasceu como “peregrinação de pão e água”, de carácter penitencial, em sintonia com o pedido de Nossa Senhora aos Pastorinhos para que oferecessem sacrifícios a Deus pela paz e pela conversão dos pecadores. Com o passar do tempo, esta dimensão abriu espaço a outras: a presença dos emigrantes que regressam no verão, a revisão pessoal de vida, a ação de graças pelo ano pastoral concluído, bem como a consagração do novo ano pastoral e da própria Diocese.

Na sua mensagem aos diocesanos, o Bispo da Guarda, D. José Pereira, lembra que o peregrino não é apenas alguém que caminha, mas alguém que se deixa transformar pelo caminho:

• não é fugitivo, errante, turista ou militar,

• mas viajante atento, contemplativo e companheiro de estrada, que partilha os passos e o pão, cuida dos outros e se compromete com os horizontes que a fé abre diante de si.

“Como Povo santo de Deus e Corpo verdadeiro de Cristo, peregrinemos em atitude de conversão e penitência, renovação e compromisso, comunhão, participação e missão”, exorta o Bispo da Guarda, confiando a peregrinação à proteção da Virgem Maria: “Nossa Santa Mãe, rogai por nós, Igreja da Guarda!”.


Mensagem episcopal – convite

Vamos viver a nossa peregrinação diocesana anual nos próximos dias 27 e 28 de agosto.

Como muitos saberão, e me foi transmitido, esta começou por ser uma peregrinação de pão e água, uma peregrinação penitencial, no espírito do convite de Nossa Senhora aos Pastorinhos para que fizessem penitência e se oferecessem a Deus em favor da paz e da conversão dos pobres pecadores.

Com o andar dos tempos, a dimensão penitencial foi abrindo espaço a outras dimensões que foram ganhando lugar: peregrinação anual dos emigrantes oriundos da Diocese e regressados para férias, revisão pessoal de vida, acção de graças pelo ano pastoral findo, consagração do novo ano pastoral e da Diocese.

É neste horizonte, acrescido ainda pela renovação missionária pastoral potenciada pelo processo eclesial sinodal em curso e pelo novo ciclo da nossa Igreja diocesana aberto com a chegada de um novo Pastor em março passado, que peregrinaremos até junto da Mãe, em Fatima.

O peregrino é um caminhante, mesmo que não faça muitos quilómetros a pé; mas não é um caminhante qualquer.

O peregrino não é um fugitivo: este anda porque foge, só sabe de onde foge.

O peregrino não é um errante: este anda por andar, não sabe porquê ou para quê.

O peregrino não é um turista: este anda para ir, ver e voltar, sem se comprometer.

O peregrino não é um militar: este anda para cumprir uma operação delineada e ponto.

O peregrino é um viajante: é um contemplativo do caminho entre dois pontos, deixa-se transformar pelo percurso; é um unificador entre dois mundos, a partida e a chegada, o interior e o exterior, o humano e o Divino; é buscador do essencial por entre todos os dons que passam; é um mendigo de Vida e do caminho para casa; é um companheiro de estrada que partilha os passos e o pão; é um cuidador dos demais, no cansaço e no ardor; é um construtor do nós, comprometendo-se com os horizontes que o caminho abre e revela e com os irmãos que o caminho nos dá.

Como Povo santo de Deus e Corpo verdadeiro de Cristo, peregrinemos em atitude de conversão e penitência, renovação e compromisso, comunhão, participação e missão. Nossa Santa Mãe, rogai por nós, Igreja da Guarda!

D. José Pereira, Bispo da Guarda