O Papa Francisco inicia hoje o 13º ano do seu Pontificado.

De facto, passaram-se já doze anos desde aquele fim de tarde, em que, pela primeira vez, este Papa, vindo dos confins do mundo, expressão sua, apareceu na varanda da Praça de S. Pedro, a saudar a multidão e, por estranho que pareça, a pedir a bênção à mesma multidão.

O nome escolhido e ali anunciado foi, desde logo, a primeira surpresa. Com este nome, tomava como referência para o seu pontificado o pobre de Assis e, assim,indicava a forma como pretendia conduzir a Igreja para as periferias dos mais carenciados.

Logo a seguir, publicou o seu texto programático – a exortação apostólica Evangelii Gaudium – e, dois anos depois, convocava o Jubileu extraordinário sobre a Misericórdia, desafiando-nos a mergulhar no Mistério insondável da Misericórdia Divina.

Ao presidir, em 2015 , às comemorações dos 50 anos da criação do Sínodo dos Bispos pelo Papa Paulo VI, abriu à Igreja as portas da caminhada sinodal, que continuamos empenhados em percorrer, sobretudo animados pelas conclusões da segunda sessão do Sínodo sobre a sinodalidade (2024).

A preocupação pelas famílias, principalmente as famílias feridas, levou-o a convocar dois sínodos sobre o assunto,que de facto abriram, portas novas para repensar e modificar as situações de famílias consideradas em situação irregulare que sofrem por isso.

Tanto para o exercício da sinodalidade como também para o tratamento de situações especiais das famílias, ficou o apelo à prática do discernimento pessoal e também comunitário, um método que ele traz consigo do carisma inaciano dos Jesuítas e que em muito pode contribuir para a todos nos fazer crescer na adultez cristã.

Damos garças a Deus pelo precioso dom do seu pontificado e lembramos, nesta hora, especialmente as duas visitas quer ele fez ao nosso país, a primeira para a canonização dos pastorinhos de Fátima, em 2017 e a segunda, em agosto de 2023, para presidir à Jornada Mundial da Juventude, durante 5 dias.

Acompanhamo-lo agora, particularmente com a nossa oração, no seu internamento hospitalar, que, desta vez, está a ser mais prolongado, embora já com claros sinais derecuperação.

Que a bênção de Deus, através do Papa Francisco continue a acompanhar-nos,agora particularmente na aplicação das conclusões do Sínodo sobre a sinodalidade.

13.3.2025

+Manuel da Rocha Felício, Administrador Apostólico