Por iniciativa do Papa Francisco, o próximo domingo, Festa de Cristo Rei é também a jornada Mundial da Juventude 2024, nas Dioceses.
Para a motivar, escreve uma mensagem centrada na esperança e tendo no horizonte o Jubileu da Redenção de 2025, que convida a sentirmo-nos salvos na esperança.
A vida é uma peregrinação, na esperança, com desafios
A vida de cada pessoa e particularmente dos jovens é, em si mesma, uma peregrinação, com os desafios que lhe são próprios. Como tal, move-se sempre pelo desejo de realizações e conquistas, umas de ordem material e outras de alcance mais largo, na medida em que apontam para Aquele que é infinito e infunde em nós o desejo da transcendência e da vida plena, sem constrangimentos.
Porque a vida é peregrinação, dela faz parte sempre algum cansaço, que pode levar a ceder à tentação de abandonar o caminho e procurar refúgio em zonas de conforto, abandonando, assim, a obrigação de contribuir para que o mundo avance. Porém, solução para este cansaço não é ficar parado, recusando o dever de sujar as mãos com os problemas pessoais e dos outros, que o mesmo é dizer com a vida enquanto tal. A solução é outra, ou seja, não ficar parado, mas sim cada um tornar-se peregrino da esperança, porque a esperança, por si mesma, vence todo o cansaço, qual força nova que Deus infunde em cada um e cada uma, permitindo perseverar na corrida para a meta da comunhão com Deus e da vida plena, com marca de eternidade.
Somos peregrinos no deserto do mundo
Como a experiência nos diz, na peregrinação da vida nem tudo é mar de rosas. Há momentos de contentamento e de felicidade, que podemos chamar êxitos, mas também outros em que experimentamos o insucesso, algum abandono e mesmo desilusões. São momentos de crise, nos quais nunca estamos abandonados, porque Deus sempre nos acompanha; e podem mesmo ser tempos de purificação, sobretudo purificação de muitas esperanças falsas.
Peregrinos ou turistas?
Diz o Papa sobre a peregrinação da vida, dirigindo-se aos jovens: “Não partam como meros turistas, mas como peregrinos”.
Contrariamente ao turista, que passa pelas situações, olhando-as de fora e geralmente se fica pela superfície, o peregrino mergulha nelas, de alma e coração, e faz com que falem, tomando parte na sua busca de felicidade. É por isso que a peregrinação jubilar agendada para 2025 quer ser sinal e apelo a este caminho interior ao qual todos são chamados para chegar à meta final que é a comunhão com Deus.
Para percorrer este caminho, o Papa recomenda três atitudes fundamentais, a saber: a ação de graças pelos muitos dons recebidos, a começar pelo dom da vida; o sentido de procura, deixando-se levar pela sede do coração sempre orientada para a única fonte que a pode saciar – Deus; o arrependimento, para reconhecer as opções erradas e corrigi-las, à luz do Senhor Jesus e do Seu Evangelho.
O convite do Papa para a missão
Tendo em vista o próximo ano, o ano do Jubileu, o Papa convida os jovens a experimentarem o abraço da Misericórdia de Deus, com o perdão e a remissão de todas as dívidas interiores, à semelhança do perdão das dívidas, que faz sempre parte dos anos jubilares.
E partindo desta experiência, tornarem-se eles próprios braços abertos e acolhedores para tantos que precisam de descobrir o amor de Deus Pai, sendo assim incansáveis mensageiros da alegria.
Nesta peregrinação animada pela esperança conta e muito, lembra o Papa, o exemplo dos santos, como é o caso do jovem Beato Carlos Acutis, o apaixonado da Eucaristia, recordado esta mensagem para a Jornada Mundial do Juventude 2024.
18.11.2024
+Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda
Partilhamos o cartaz/convite da atividade promovida pelo DPJUV da Guarda. As inscrições estão quase a encerrar.