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Jubileu dos Educadores Católicos | Peregrinos de Esperança – 14 de dezembro

No passado dia 14 de dezembro, os educadores católicos da nossa diocese reuniram-se para celebrar um tempo de encontro, ação de graças e renovação da missão educativa, no contexto do Ano Jubilar 2025. Respondendo ao convite de Sua Excelência Reverendíssima, Sr. D. José, este Jubileu foi vivido sob o lema “Levanta-te, vai e acolhe”, como apelo a caminhar juntos, com esperança, no serviço educativo.

O encontro teve início, durante a tarde, na Escola de Santa Clara, espaço simbólico da missão educativa. Seguiu-se uma peça de teatro poético e visual, inspirada no lema do encontro, que deu rosto às fragilidades humanas e a situações de desumanização presentes na vida de muitas pessoas. Este momento constituiu um forte apelo ao cuidado, ao acolhimento e ao respeito pela dignidade de cada pessoa, recordando que educar é sempre um ato profundamente humano.

Posteriormente, a harmonia instrumental e vocal de três irmãos de Celorico da Beira criou um ambiente de beleza, interioridade e comunhão, onde a música se fez linguagem de esperança e encontro.

Da escola partiu-se em peregrinação até à Sé, vivendo um itinerário de reflexão aplicado às diferentes realidades educativas. O caminho tornou-se espaço de silêncio, escuta e interioridade, ajudando a reler a missão educativa à luz da fé e da esperança.

Ao longo do percurso, foi sendo aprofundada a convicção de que a alegria cristã não nasce da ausência de dificuldades, mas da experiência da libertação. Deus não elimina os desafios da vida, mas abre caminho, tornando possível viver as circunstâncias concretas com liberdade interior.

A peregrinação culminou na celebração da Eucaristia por D. José Miguel que teve lugar na Sé Catedral, após a passagem pela Porta Santa, sinal de conversão e renovação.

Na homilia, o Sr. Bispo sublinhou que a verdadeira grandeza não está em ser maior do que os outros, mas em ser mais largo por dentro, deixando que Deus atue em nós e através de nós. Destacou ainda que a alegria cristã não se resume à ausência de sofrimento, mas é fruto da libertação que Deus oferece. “O Senhor não cria um mundo alternativo; Ele abre caminho”, afirmou, desafiando os educadores a serem abridores de possibilidades novas, mesmo em contextos marcados pela dificuldade.

  1. José Miguel fez igualmente um apelo ao cuidado dos tesouros que nos são confiados todos os dias — crianças, adolescentes e jovens, muitas vezes provenientes de contextos de fragilidade e desumanização —, sublinhando a importância de uma presença educativa marcada pela escuta, pela paciência e pela esperança. Este é o caminho a que todos os educadores católicos são chamados: ajudar a reconstruir vidas, a alargar horizontes e a devolver dignidade, sobretudo aos mais frágeis.

A celebração foi um momento alto de comunhão e ação de graças, no qual os educadores renovaram o seu compromisso com a missão de educar com amor, alegria e esperança, conscientes de que a sua presença no mundo educativo — nas escolas públicas e particulares — é muitas vezes discreta, mas profundamente fecunda.

O Departamento do Diocesano do Ensino Religioso Escolar agradece sinceramente a participação de todos os educadores que quiseram e puderam estar presentes neste Jubileu. Embora a participação tenha sido, em número, discreta, o seu valor e significado são profundos. Cada presença foi sinal de esperança, como uma semente que, quando cuidada, é capaz de dar fruto abundante.

Este gesto de comunhão testemunha o compromisso fiel de muitos educadores católicos que vivem a sua missão com seriedade, fé e dedicação. Tal como a semente lançada à terra, também o trabalho quotidiano, silencioso e perseverante destes educadores continua a germinar e a transformar, dando frutos duradouros na vida das crianças, adolescentes e jovens que lhes são confiados.

No espírito deste Jubileu, os educadores renovaram o seu compromisso com a missão educativa, reafirmando a centralidade da pessoa no ato educativo e o desejo de ser servidores da esperança, semeadores de amor e construtores de uma humanidade mais justa e fraterna.

Renovados na fé e fortalecidos pela comunhão, regressaram às suas realidades com a certeza de que educar é levantar, ir e acolher, ajudando a fazer germinar esperança no coração da escola e do mundo.

                                                                                                                                                                                                                      CB