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Educar é fazer brilhar a Esperança

O Jubileu do Mundo Educativo, celebrado em Roma, reuniu cerca de 15 mil participantes provenientes de 14 países, entre educadores, alunos, famílias e responsáveis escolares.

Foi um grande momento de comunhão e reflexão sobre o papel da educação como caminho de esperança, unidade e santidade.
O Santo Padre recordou que interioridade, unidade, amor e alegria são os “pontos cardeais” da missão educativa cristã, vivida ao serviço dos outros, especialmente dos mais pequenos, segundo as palavras de Jesus:
“Sempre que o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes” (Mt 25, 40).
Na audiência, o Papa Leão XIV, inspirado em Santo Agostinho, lembrou-nos que educar é muito mais do que ensinar: é gerar vida e despertar consciências, conduzindo cada pessoa ao encontro com a Verdade que habita no coração. Sublinhou que a escola deve ser um “centro de transmissão de vida”, onde ciência, cultura e fé dialogam e se completam, e advertiu para o risco de um ensino desumanizado, afirmando com força: “Nenhuma tecnologia substitui o encontro humano.”
O Papa encorajou os educadores a reintroduzirem a dimensão ética e espiritual na vida escolar, ajudando os alunos a pensar, sentir e sonhar com o bem. E deixou-nos uma imagem que ficou gravada no coração:
“O sorriso de um aluno é a primeira recompensa do educador.”
A Missa de encerramento do Jubileu foi um verdadeiro hino à esperança. O Santo Padre convidou-nos a “brilhar como astros no mundo”, inspirando-se em São John Henry Newman, proclamado Doutor da Igreja e co-padroeiro da educação, ao lado de Santo Tomás de Aquino. Recordou-nos que cada educador é uma estrela nesta grande constelação de luz, chamado a orientar e iluminar o mundo com o seu testemunho e a sua fé.
Durante toda a peregrinação jubilar, o nosso grupo da Constelação SNEC foi acompanhado com entusiasmo, atenção e proximidade pelo Sr. D. Manuel Felício, bispo emérito da nossa diocese e vogal da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé. A sua presença próxima e amiga foi um sinal de comunhão e esperança, tornando visível o cuidado da Igreja por todos os que se dedicam à nobre missão de educar.
Regressei desta experiência com o coração cheio de gratidão. Lembrei-me de todos os professores de EMRC, de tantos educadores das nossas escolas, e também dos nossos alunos e das suas famílias, que confiam em nós o dom precioso da educação. Levo comigo a certeza de que educar é participar na missão de Cristo, o Mestre e Educador por excelência — é acender luzes, criar pontes e fazer brilhar a esperança, contribuindo para uma grande constelação de amor e fé que ilumina o mundo.

Estela Cristina Brito