No 1.700.º aniversário do Concílio de Niceia – Resumo
1. Introdução
• Celebra-se o 1.700.º aniversário do Concílio de Niceia (325), primeiro concílio ecuménico.
• O Papa encoraja um renovado impulso na profissão da fé, fundamento comum de todos os cristãos.
• A Comissão Teológica Internacional publicou o documento “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”, referido pelo Papa.
2. A fé em Jesus Cristo, Filho de Deus
• Desde os Evangelhos, Jesus é proclamado como o Filho de Deus Encarnado.
• Niceia reafirma esta verdade central da fé cristã.
• A profissão de fé nicena é rezada cada domingo e continua a ser fonte de esperança para o mundo atual.
3. Contexto histórico de Niceia
• Após as perseguições, surgiram conflitos internos, sobretudo devido ao presbítero Ário.
• Ário negava a verdadeira divindade de Cristo, propondo que o Filho seria um ser intermédio e criado.
• Bispos como Alexandre de Alexandria e Ósio de Córdova defenderam a fé apostólica.
4. O Concílio de Niceia
• Convocado por Constantino para restaurar a unidade da Igreja e do Império.
• Reúne cerca de 318 Padres conciliares, maioritariamente do Oriente.
• O Papa Silvestre I esteve representado por dois presbíteros e por Ósio de Córdova.
5. A formulação do Credo
• Niceia fundamenta-se na fé bíblica e na tradição batismal.
• Confessa um único Deus Pai, Criador de tudo.
• Define que Jesus Cristo é “da substância do Pai, gerado, não criado, consubstancial ao Pai”, rejeitando o arianismo.
• O concílio usa termos filosóficos apenas para reafirmar claramente a fé bíblica.
6. Cristo, luz do mundo e verdadeiro Deus
• Profissão de fé: “Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro”.
• Jesus é a luz que ilumina os crentes e o Deus vivo que age na história.
• A fé nicena convida à conversão dos ídolos para o Deus verdadeiro.
7. O Filho de Deus fez-Se homem para a nossa salvação
• A encarnação, paixão, morte e ressurreição são o centro da fé.
• Atanásio sublinha a dimensão soteriológica: Cristo fez-Se homem para nos divinizar.
• Divinização = verdadeira humanização: Deus satisfaz o desejo profundo do coração humano.
8. As controvérsias pós-Nicéia
• O arianismo persistiu e provocou divisões profundas.
• Atanásio foi a grande referência da fé nicena.
• Surgem os Padres Capadócios, Hilário de Poitiers, Ambrósio e Agostinho, que consolidam a doutrina trinitária.
• O Concílio de Constantinopla (381) completa o Credo, afirmando a divindade do Espírito Santo.
• No século XVI, o Credo permanece comum às comunidades surgidas da Reforma.
9. Atualidade do Credo
• A fé trinitária impregna toda a vida litúrgica da Igreja.
• O Papa questiona: compreendemos realmente o que professamos?
• O Credo interpela a vida concreta dos cristãos.
10. A fé no Deus criador
• Num mundo secularizado, muitos já não consideram Deus relevante.
• O Papa denuncia distorções históricas da imagem de Deus.
• Convida ao exame de consciência:
• Quem é Deus na minha vida?
• Como cuido da criação?
• Partilho os bens da terra de modo justo?
11. Jesus Cristo, Senhor e Salvador
• No centro do Credo está Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
• Segui-Lo implica caminho exigente, mas que conduz à vida.
• O amor a Deus manifesta-se no amor concreto ao próximo, especialmente aos pobres e marginalizados.
• A misericórdia de Deus torna-se visível através da misericórdia dos cristãos.
12. Dimensão ecuménica
• Niceia continua a ser fundamento da busca de unidade entre todos os cristãos.
• Recordam-se 30 anos da encíclica Ut unum sint.
• Os progressos ecuménicos baseiam-se no único batismo e no Credo comum.
• O Papa apela a um ecumenismo espiritual:
• diálogo,
• partilha de dons,
• conversão do coração,
• oração comum.
• A unidade não é regresso ao passado nem aceitação passiva da divisão, mas um caminho de reconciliação.
• Num mundo ferido, os cristãos unidos podem ser sinal de paz.
Oração final ao Espírito Santo
• O Papa invoca o Espírito para renovar a fé, fortalecer a comunhão e conduzir os cristãos à unidade plena em Cristo.
Leia o texto na íntegra aqui –
https://www.vatican.va/content/leo-xiv/pt/apost_letters/documents/20251123-in-unitate-fidei.html
