Nos 100 anos da Fundação da Liga dos Servos de Jesus
Amanhã, Eucaristia de ação de graças, na Sé Catedral às 16h00.
“ Ser depositário de uma ideia original vinda do Alto, em qualquer momento histórico, é de uma enorme responsabilidade.
O Cristianismo na sua longa história aponta o dedo às «receitas» de Deus para cada período: Solitários no Deserto, Doutores da Igreja, Monges… Quando isto não acontece, numa escala maior ou menor, quando os séculos estiolam, é sinal de desatenção dos homens que, adormecidos, não dão pela “escada” que os liga ao Infinito.
Em dado momento, à Diocese da Guarda, por intermédio de um Bispo invulgar, Deus, numa síntese única apresentou um plano de encontro com as Origens: Diocese-Mosteiro, Homens e Mulheres; Novos e Velhos a viver na Serrania ou na Campina, cada um no seu posto de trabalho e no seu estado de vida, pautados pelo Evangelho.
E se alguns, especialmente chamados, se acolheram a Casas, fazem-no para servir a Diocese – Mosteiro, servir por todos os meios que Deus inspirar; fazem-no sem dicotomias, não são um compartimento estanque, num mundo à parte. Os que estão na trincheira: Diocese -Mosteiro sabem que, na retaguarda, há quem ponha ao seu serviço: oração, doação, acolhimento…
Está aqui a originalidade da LIGA DOS SERVOS DE JESUS, a “receita” que, numa hora conturbada da vida nacional e diocesana Deus nos entregou. Esquecer isto ou deturpá-lo teria consequências em nossa vida.
Há que abrir as portas e, mais que as portas os corações a quantos querem Servir, quantos são capazes de Servir, mas, à semelhança do Patriarca Bíblico, dormem nas pedras duras do não sentido da vida, enquanto os Anjos vão subindo e descendo pela escada da sua existência.
O acordar não se fará ao rufar dos “tambores”: é trabalho humilde regado pela Ajuda de Deus.”
Texto Dr. Afonso Sanches de Carvalho