Ex.mo Senhor D. Manuel da Rocha Felício,

(Bispo da Guarda e nosso Superior),

Reverendos Sacerdotes,

Caros Diáconos,

Autoridades religiosas e civis aqui presentes,

Diocese da Guarda e Povo de Deus

que connosco celebrais a Festa do nosso Centenário.

A Liga dos Servos de Jesus encontra-se a virar mais uma página celebrativa do Centenário da sua Fundação. Se as contas estiverem bem feitas ficam para trás trinta e seis mil quinhentas e trinta e duas páginas (36.532), cada uma de vinte e quatro horas e cada hora repleta de mil e uma atividades. Certamente, nem todas elas dignas de Deus. Muitas saíram imperfeitas. Todas elas limitadas. A grande maioria marcada pelo amor que lhes deu vida e as norteou.

Fica-nos a certeza de não termos trabalhado em vão, pois, o Senhor foi sempre o nosso auxílio, a nossa luz e Quem nos guiou até aqui. Foi para Ele e para o Seu Filho que, com a força do Seu Amor, trabalhámos noite e dia, arduamente e sem cessar.

Durante estes cem anos, todos os servos e servas de Jesus, cada um a seu modo, doaram-se totalmente a Jesus Cristo e ao seu Reino. Foram centenas e centenas de crianças, adolescentes e jovens que cresceram connosco e a quem transmitimos valores humanos e cristãos. Também não posso esquecer os idosos a quem servimos até partirem.

Caros amigos e amigas aqui presentes:

A vossa presença, nesta CELEBRAÇÃO festiva, enche-nos de alegria, inebria-nos interiormente e cimenta a nossa consolação face aos esforços despendidos durante décadas e décadas. Obrigada, pois, pela vossa presença.

Avizinham-se já novas etapas e novos desafios. A Liga dos Servos de Jesus e o seu espírito não podem, nem vão esmorecer. Nós, Liga dos Servos de Jesus, tudo faremos para realizar o carisma implementado pelo nosso Fundador. Assim será, enquanto Deus assim o quiser.

O nosso Lema “É preciso que Jesus reine” será, como sempre foi, o fermento da nossa ação apostólica e a razão do nosso existir.

Neste momento:

É tempo de expressar uma palavra de gratidão ao senhor D. Manuel da Rocha Felício, nosso superior, bem como aos demais bispos diocesanos que, nestes cem anos, nos guardaram em seu coração.

É tempo de enaltecer os que se deram sem reservas a Jesus e generosamente repartiram os seus haveres para que a outros nada faltasse.

É tempo de manifestar o nosso profundo respeito e reconhecimento a quem colaborou e tornou mais belas as nossas festas jubilares dos 25, 50, 75 e 100 anos.

É tempo de bendizer a Deus pela multidão imensa dos Servos e Servas de Jesus que com Ele e para Ele trabalharam. Agora, junto d’Ele O aclamem e O louvem eternamente. Ele é a sua herança.

É tempo de recordar todas as ‘almas apaixonadas’ que, diante da Eucaristia, horas a fio, louvaram, bendisseram, reparam e rezaram pela Igreja e conversão dos pecadores.

É tempo de agradecer ao povo de Deus e às comunidades cristãs que sempre nos receberam, nos acarinharam, connosco trabalharam e rezaram por nós.

É tempo de dizer e manifestar a cada um de vós, às diferentes entidades aqui presentes, bem como às que não puderam vir, o nosso profundo apreço e gratidão.

É tempo de deixar uma palavra de amizade e gratidão a todos os que afincadamente colaboraram na preparação e celebração do nosso Centenário. Não excluímos ninguém. Obrigada a todos.

É tempo de formularmos também os nossos pedidos e desejos.

Assim:

– Colocamos a nossa confiança em Deus nosso Pai, no Seu Filho a Quem servimos e no Espírito Santo que nos conduz. Só Deus nos move e para Ele trabalhamos.

– Imploramos para a Igreja e para a nossa Diocese da Guarda o dom da Unidade e da Paz. Mover-nos-á sempre o desejo e empenho na dilatação do Reino de Deus. O Amor, a Unidade e a Paz são também sinais da presença do Reino de Deus.

– Também, em união com o nosso Fundador, D. João de Oliveira Matos, e por meio dele, pedimos que Jesus Reine e n’Ele tudo seja instaurado.

– É nosso desejo e, se tal agradar a Deus, que a memória de D. João seja perpetuada e contemplada também nos altares das nossas igrejas.

– Com júbilo e decisão, preparamo-nos, desde já, para um novo passo: Queremos viver e celebrar o Ano Jubilar da Igreja que se aproxima – 2025.

– Queremos, por fim, que estes nossos desejos encontrem eco e acolhimento no coração de Maria, a Imaculada Conceição, e dos outros nossos ‘Santos Protetores’ (S. José, S. Miguel Arcanjo, Santa Terezinha do Menino Jesus e Santo António) aos quais nos consagramos também.

Caros amigos, Bem hajais por tudo.

Viva Jesus Cristo nosso Rei.

Viva a Liga dos Servos de Jesus.

 

Ir. Irene Fonseca – Coordenadora geral  – Palavra no final da Eucaristia – Sé Catedral da Guarda, 18 de fevereiro de 2024

 

Fotografias: Pedro Pinto, Outeiro de São Miguel e António Martins