Situado a norte da Austrália, o país de Papua Nova Guiné é vizinho da Indonésia, mais a oriente.
É um país multicultural e com grande número de tribus, mais de 600, cada uma das quais fala a sua língua.
Com grandes riquezas naturais, sobretudo minerais e hídricas, é dos países mais pobres do mundo, sendo que um terço da população vive abaixo do limiar da pobreza.
67 anos é a idade média de vida da suapopulação, mas metade dela tem menos de 20 anos.
Com 8 milhões de habitantes, está dividido em 22 províncias. Tem três línguas oficiais, uma delas o inglês, pois pertence à Commonwellt, sendo, por isso, a sua autoridade máxima o rei da Inglaterra. Internamente a sua administração depende de um Governador.
É um país marcadamente cristão, com 31% de católicos e 64% de protestantes.
Os portugueses aportaram à quelas terras em 1511, dando-lhes o nome de Nova Guiné. É país independente desde 1975.
A Igreja Católica é ali reconhecidamente comprometida com os serviços da educação, da saúde e social.
Com 16 dioceses e 27 bispos ao seu serviço, tem 462 paróquias e 600 sacerdotes, dos quais quase metade são religiosos.
A evangelização começou praticamente no século XIX, sendo, em 1844 criado oVicariato Apostólico de Melanesia, hoje Port Moresby, a capital,
Durante a II Guerra Mundial, foi ocupado pelos japoneses, que perseguiram duramente a Igreja Católica, estando bem vivo na memória dos papuenses o catequista mártir Pietro To Rot, beatificado por S. João Paulo II, em 1995.
A lei fundamental do país reconhece o princípio da liberdade religiosa e a constituição fala nas “nossas nobres tradições e princípios cristãos”.
71% das escolas ou são propriedade da Igreja Católica ou administradas por ela.
As relações ecuménicas são prática comum e, desde 1965, existe o Conselho das Igrejas da Nova Guiné, que não só desenvolve o diálogo ecuménico, mas tambémdesenvolve projetos sociais comuns, com participação das várias Igrejas.
A pastoral da Igreja, neste país, encontra-se predominantemente voltada para a valorização dos ministérios, para o cuidado da criação e apela à salvaguarda da cultura e da tradição indígenas. É dos poucos países do mundo onde há tribuscompletamente isoladas do contacto com a civilização moderna comum.
Da visita do Papa Francisco, durante dois dias completos, destacamos as suas declarações aquando do encontro com o Governador e autoridades civis. Chamou a atenção para os muitos recursos naturais que o país possui, mas que, estando a ser explorados por estrangeiros, não deixam às populações nativas o que lhes é devido. Falou “neste belo país tão longe de Romamas tão presente no coração da Igreja”.
Encontrou-se com os Bispos, Sacerdotes, Religiosos, Seminaristas, Catequistas e outros agentes pastorais, no santuário Maria Auxiliadora dos Cristãos.
No domingo, a Missa celebrada no Estádio da Capital, reuniu mais de 20 mil participantes, muitos deles vindos de longee percorrendo grandes distâncias a pé, durante dias seguidos.
O domingo à tarde dedicou-o à cidade periférica de Vanimo, onde trabalham missionários argentinos e um deles que foi da sua particular relação.
No último dia, segunda-feira, 9 de setembro, antes de partir para Timor, encontrou-se com os jovens.
8 de setembro de 2024 – +Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda