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Vídeo: homilia episcopal – Peregrinação Jubilar Fundão – Penamacor – VI domingo da Páscoa

Que bonita e intensa foi a peregrinação arciprestal jubilar do Fundão – Penamacor à Sé Catedral da Guarda.

25 de maio de 2025 — Homilia de D. José Pereira

Na tarde do dia 25 de maio, a Sé Catedral da Guarda acolheu com alegria a peregrinação arciprestal do Fundão-Penamacor. Presidindo à Eucaristia, D. José Pereira dirigiu palavras inspiradoras que ajudaram a dar sentido a este momento de graça. A homilia episcopal foi um convite à conversão interior e à renovação do nosso caminhar com Cristo.

“Viemos em peregrinação”, começou por afirmar o nosso Bispo. Mas peregrinar não é simplesmente andar ou fazer quilómetros. É, antes de mais, deixar que o caminho exterior desperte um caminho interior de transformação. A verdadeira peregrinação faz-se com o coração, em busca de Deus e da sua vontade.

Caminhar em Cristo para sermos transformados pela Sua misericórdia

A partir das leituras proclamadas, D. José propôs quatro ferramentas espirituais que podem ajudar cada peregrino a continuar este caminho, não apenas hoje, mas em cada dia da vida:

1. Guardar a Palavra de Deus

“Quem me ama guarda a minha Palavra” — este versículo foi o ponto de partida para uma chamada de atenção: não deixemos que a Palavra entre por um ouvido e saia por outro. A Palavra deve ser acolhida, interiorizada e guardada no coração. Só assim poderá dar fruto e guiar os nossos passos.

Na segunda leitura, a visão da cidade santa recorda-nos a meta da nossa caminhada: a comunhão plena com Deus. A Igreja, Povo de Deus, é uma comunidade de unidade na diversidade, como as doze tribos de Israel, enraizada na história concreta de homens e mulheres.

2. Deixar-se conduzir pelo Espírito Santo

O Espírito Paráclito, prometido por Jesus, ensina todas as coisas e guia para a verdade. O Bispo lançou uma pergunta desafiante: “Onde procuras respostas para as tuas inquietações?” Que não seja apenas nos nossos cálculos ou medos, mas na escuta do Espírito, que alimenta a fé e dá vida à nossa relação com Deus.

3. Viver e promover a paz verdadeira

Jesus não nos dá a paz como o mundo a dá. A Sua paz não é passiva nem superficial. É uma paz exigente, que nasce do coração e nos compromete. Comprometer-se com a paz é encontrar sentido para a vida. Esta peregrinação tornar-se-á jubilar se, de facto, nos conduzir à construção de caminhos de paz nas famílias, nas comunidades e no mundo.

4. Viver em comunidade e em comunhão com os pastores

D. José sublinhou a importância da Igreja como comunhão entre o Povo de Deus e os seus pastores. Não somos chamados a construir sozinhos, mas a discernir juntos. Recordando o modelo dos Atos dos Apóstolos, lembrou: “Nós e o Espírito Santo decidimos.” Este discernimento conjunto é essencial, sobretudo quando surgem dificuldades ou questões nas comunidades.

Uma palavra especial para os Escuteiros

No final da homilia, D. José dirigiu uma saudação especial ao Corpo Nacional de Escutas presente na peregrinação:

  • Aos Lobitos, lembrou que não se escutam apenas a si próprios, mas aprendem a escutar a vontade de Deus, mesmo quando esta se manifesta no silêncio ou na simplicidade.
  • Aos Exploradores e Caminheiros, deixou uma interpelação direta: “Alerta ou não alerta?” Estar alerta significa estar disponível para servir, com prontidão e generosidade, o Reino de Deus.

Concluiu com uma afirmação forte: “O escutismo não é apenas um conjunto de atividades, mas um novo modo de viver.” Um modo marcado pelo serviço, pela fé e pelo compromisso com Deus e com os irmãos.

 

Partilhamos, em vídeo a homilia episcopal completa: