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Zona Centro: Dioceses reúnem clero em jornadas de formação – Dia 2

Formação do Clero – Notas – tópicos gerais

Fátima – 31 de janeiro 2024 – Dia 2

As Dioceses da região Centro – Aveiro, Coimbra, Guarda, Leiria-Fátima, Portalegre-Castelo Branco e Viseu – estão a promover umas Jornadas de Formação do Clero desde o dia 30 de janeiro e que se vão prolongar até ao dia 1 de fevereiro de 2024, no Santuário de Fátima.

Deste segundo dia partilhamos as seguintes notas:

Temática: A PRIMEIRA EVANGELIZAÇÃO – Parte I

“Conversão e difusão do cristianismo”, com o Padre Santiago Guijarro.

Começou por referir que a rápida difusão do cristianismo durante a primeira geração, colocou em primeiro plano a questão da conversão e convida-nos a interrogarmo-nos sobre as chaves deste processo: em que consistiu, como se realizou, quais foram os factores que a facilitaram? Estas perguntas levam-nos a examinar como foi a primeira evangelização, quem a realizou, a partir de que experiência, de que forma, etc. Quando falamos de evangelização, pensamos geralmente numa mensagem, algo que é transmitido de forma oral. No entanto, a experiência dos primeiros cristãos mostra-nos que outros factores estão envolvidos neste processo. Os estudos sobre o processo de conversão a uma nova religião também nos ajudarão a compreender melhor esta primeira chave.

A PRIMEIRA EVANGELIZAÇÃO – Parte II

“A consolidação de um novo estilo de vida” – Pe Santiago Guijarro

Deu continuidade referindo que a conversão é apenas o primeiro passo de um processo. É geralmente o resultado de uma mudança de convicções intelectuais e afectivas. Mas a mudança operada pela conversão não se consolida enquanto não houver uma mudança das disposições do corpo e a criação de um habitus, ou seja, de um modo de vida. Esta foi a tarefa da segunda geração de discípulos; uma geração anónima mas enormemente fecunda, sem a qual se teria perdido o enorme esforço missionário da primeira hora. Esta segunda chave tem a ver com o processo de transformação através do qual alguém se torna cristão. Nos nossos países, esta tarefa era realizada pela família e pelo ambiente, mas hoje já não é realizada e as comunidades cristãs têm de aprender como é que uma pessoa se torna cristã.

No que toca aos ATELIÊS da tarde, o primeiro foi dedicado ao “Itinerário de iniciação à vida cristã”, com o D. António Moiteiro

Salientou que o Itinerário de iniciação à vida cristã surge na sequência da renovação da catequese que foi propiciada pelo novo Diretório para a Catequese. É o conjunto da infância e da adolescência que este itinerário pretende renovar; criar uma catequese capaz de envolver e dar destaque à família, como protagonista, onde os filhos e os pais fazem uma caminhada de fé e a sua iniciação cristã. Este itinerário de iniciação à vida cristã segue, nos seus tempos fundamentais, o catecumenado como um «lugar típico de iniciação, catequese e mistagogia» (DpC 63): o tempo da primeira evangelização, o tempo do catecumenado, ao fim do qual se chega à purificação ou iluminação e à celebração dos sacramentos da Iniciação Cristã e, finalmente, o tempo da mistagogia.

Privilegia-se um acompanhamento do processo de adesão a Jesus Cristo no qual as etapas são mais balizadas pela maturidade da pessoa do que pela idade – uma catequese inclusiva, dirigida não só às crianças, mas também às famílias. Procura-se implementar uma catequese atrativa que introduza no conhecimento do mistério de Cristo, buscando mostrar a beleza da Eucaristia dominical e que os leve a descobrir nela Cristo vivo e o mistério fascinante da Igreja.

O segundo atlier dedicado a “Evangelizar a fragilidade humana”, foi liderado pelo padre Johnny Freire. Foram momentos de reflexão sobre a fragilidade salientando que ela existe e tem de ser experimentada, para ser percebida. A fragilidade é presente em cada um de nós, que apesar das limitações, tem de nos desafiar. Para saber tocar a fragilidade do outro tenho, antes de tudo, de querer tocar a minha. Assim, este ateliê procurou mostrar o contributo do beato Luís Novarese no reconhecimento do lugar da pessoa frágil na Igreja.

No terceiro atlier falou-se da “Arte como evangelização” com a Claudine Pinheiro.

Falou na relação entre arte e evangelização remonta aos primórdios do Cristianismo. Através de pinturas, músicas ou performances teatrais, a fé pode ser comunicada não apenas intelectualmente, mas emocionalmente, criando uma ligação mais profunda com a comunidade. Neste workshop, e em conjunto, vamos pensar no papel vital da arte na comunicação da fé.

 

Apontamentos e fotografias – Paulo Caetano, Diácono